Em uma decisão de grande relevância para o setor aéreo, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que as companhias têm o direito de proibir a venda de milhas acumuladas em programas de fidelidade, desde que tal proibição esteja expressamente prevista no regulamento dos respectivos programas. A decisão marca um importante avanço para a gestão dos programas de milhagem, que há tempos enfrentam decisões conflitantes e a interferência do judiciário. Renata Belmonte, advogada na área de Prevenção de Litígios e Recuperação de Créditos, elogia o posicionamento adotado pelo tribunal.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou o Relatório Justiça em Números 2024 (ano base 2023), uma publicação anual com dados relevantes a respeito do judiciário brasileiro. O documento revela que houve aumento do número de acordos realizados na Justiça do Trabalho, com 20,2% dos processos resolvidos. Entre os tribunais do país que mais fizeram acordos, destaque para o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás), com 26,8% de acordos realizados.

Conforme dados apresentados pelo relatório, no geral, houve um aumento de produtividade do judiciário, 6,9% em 2023, segundo maior percentual da história. Na Justiça do Trabalho, o índice foi de 20,1%. Foram 35 milhões de processos baixados e 33 milhões de sentenças proferidas.

Outro destaque: a 3ª Vara do Trabalho de Goiânia também atingiu as metas estabelecidas pelo CNJ, tais como: julgar mais processos que os distribuídos; julgar processos mais antigos (107%) e estimular a conciliação (109,7%). O Índice Nacional de Gestão de Desempenho da Justiça do Trabalho (IGest) também apontou que a unidade judiciária ficou em 142° lugar entre as 321 Varas do Trabalho existentes no país, em 17° lugar entre 25 Varas do Trabalho existentes na Região e em 12° lugar entre as 18 Varas do Trabalho de Goiânia.

Sobre os acordos, a advogada Juliana Mendonça, mestre em Direito e especialista em Direito e Processo do Trabalho, sócia do Lara Martins Advogados, comenta que o trabalho de conciliação é de extrema importância, pois além de evitar o prolongamento dos processos judiciais, garante a satisfação do crédito de caráter alimentar, também diminui a sobrecarga do sistema judiciário e, consequentemente, que os tribunais possam dedicar mais tempo a recursos de casos mais complexos e urgentes.

Para a advogada, a conciliação pode preservar ou até melhorar o relacionamento laboral: “A conciliação estimula o diálogo e a negociação, pois permite que ambas as partes cheguem a um acordo satisfatório para ambos”.

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