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Ministro do GSI deixa cargo após vazamento de imagens do 8 de janeiro

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Imagens divulgadas pela CNN mostram general ajudando vândalos/Foto: Reprodução
General Gonçalves Dias/Foto: José Cruz

Após o vazamento de imagens dos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro, o general Gonçalves Dias pediu afastamento do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União em edição extraordinária nesta quarta-feira (19), como também a nomeação do substituto para o cargo, Ricardo Cappelli, principal assessor de Flávio Dino, ministro da Justiça. Cappelli, que também foi o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal (DF) em virtude dos atos golpistas, assumirá o comando do GSI interinamente.

Conforme as imagens divulgadas pela CNN, Gonçalves Dias e outros  integrantes do GSI ajudaram os manifestantes bolsonaristas que participaram da depredação do Palácio do Planalto. As imagens estavam sob sigilo imposto pelo próprio Gabinete de Segurança Institucional. O órgão se recusou a entregar o material à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos criada no mês de fevereiro pela Câmara Distrital.

Imagens divulgadas pela CNN mostram general ajudando invasores /Foto: Reprodução

O ministro, que é general da reserva,  deixou o cargo de imediato, horas após a divulgação do vídeo. O vazamento das imagens abriu nova crise no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez que a oposição tenta responsabilizar o poder Executivo pelos atos praticados por vândalos na sede dos três poderes.

Por outro lado, o líder do governo no Congresso Nacional, senador  Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os fatos. Até então, havia resistência do Planalto em criar a Comissão protocolada pela oposição. “Vamos para essa investigação e vamos com força. No 8 de janeiro tivemos três vítimas: a República, a democracia e o atual governo. Não fomos os algozes do 8 de janeiro, nós somos as vítimas”, disse o senador.

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