Uma investigação conduzida pela 1ª Delegacia de
Polícia Civil de Corumbá (MT) identificou que uma
organização criminosa usava cartões do Bolsa
Família e de outros benefícios continuados
concedidos a famílias carentes como garantia para
agiotagem. Os juros cobrados chegavam a 30%,
tornando a quitação da dívida difícil de ser
alcançada.
Essa apuração averiguou que são centenas de
vítimas, que teriam obtido diferentes quantias.
Foram identificados três agiotas, dois homens e
uma mulher, todos eles atuando no Bairro Dom
Bosco, na Capital do Pantanal. Os crimes vinham
sendo praticados, pelo menos, desde 2023.
Depois da apuração do caso, a Polícia Civil obteve
autorização da Justiça estadual para cumprir três
mandados de prisão contra os agiotas investigados,
além de outros três mandados de busca e
apreensão para recolhimento de provas contra a
organização criminosa.
Um homem e uma mulher foram presos em
Corumbá, enquanto o segundo homem investigado
foi preso em Campo Grande, com apoio de policiais
civis da Delegacia Especializada de Repressão a
Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras).
Não está descartada a participação de mais pessoas
envolvidas no esquema.
“São centenas de vítimas, e algumas já foram
identificadas. A investigação indica que é uma
associação criminosa com três ou mais pessoas.
Temos vítima que narra que desde o ano de 2023 já
pegava dinheiro”, contou o delegado da 1ª
Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, Elton Alves
de Sá Júnior.
Dados do Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome
mostram que, em março deste ano, 10.105 famílias
foram atendidas pelo Bolsa Família, cerca de 31.327
pessoas em Corumbá.
*Com Correio do Estado