Ministro da Economia, Paulo Guedes - Crédito da Foto: Isac Nóbrega/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 19, em entrevista a Rádio Guaíba, que o Banco Central (BC) errou as projeções econômicas para o Brasil por não perceber a mudança no eixo de crescimento com reformas e marcos legais aprovados pelo Congresso. Segundo ele, esse erro teve um viés técnico.

“O BC também errou projeções, mas com erro técnico, de pessoal mais sofisticado. O BC errou por não perceber que mudamos o eixo da economia. O BC errou ao falar o tempo todo em risco fiscal, desajuste fiscal, quando íamos para superávit. O BC estava preocupado com o fiscal e eu com o juro negativo”, disse o ministro da Economia.

Apesar das críticas, Guedes elogiou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e disse que os apontamentos são feitos para a diretoria como um todo. “Campos Neto é excelente presidente do BC, percebeu e se adiantou à inflação. Quando falo do BC, falo da diretoria, e não do presidente Campos Neto”, disse.

Expectativas de atividade

Na mesma entrevista, o ministro da Economia voltou a afirmar que o Brasil tem surpreendido, mesmo com expectativas pessimistas dos mercado. Segundo ele, o país já registrou um crescimento de 2,5% no primeiro semestre e deve crescer ainda mais até o fim do ano.

Também ressaltou que a inflação brasileira está menor que a das principais economias do mundo e o Produto Interno Bruto (PIB) é o maior entre os países membros do G7. “Fizemos diversas reformas e aprovamos projetos no Congresso. Os elogios não devem vir para mim, mas para presidente (Jair) Bolsonaro, para o Arthur Lira (presidente da Câmara), para o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco), para o STF e para o TCU”, disse.
Segundo Guedes, o Brasil tem uma dinâmica própria de crescimento, que o diferencia das demais economias e reduz os efeitos de uma eventual recessão global. Para ele, o País pode crescer 3% anuais nos próximos cinco anos se a agenda de reformas for aprovada pelo Congresso. “O Brasil será a garantia da segurança energética da Europa. Com a guerra da Ucrânia, os europeus viram que a Rússia não é confiável. Isso beneficia o Brasil.

Querem construir 10 Itaipus em cinco anos no Nordeste para geração de energia eólica. Duas guerras mundiais foram oportunidade para os Estados Unidos. Agora é oportunidade para Brasil”, disse.

Fonte: site Infomoney (Estadão Conteúdo)
Data: 19.09.22

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