Início DESTAQUE Goianas que tiveram malas trocadas saem de prisão na Alemanha

Goianas que tiveram malas trocadas saem de prisão na Alemanha

Kátyna e Jeanne ficaram presas mais de um mês na prisão /Foto: Reprodução - arquivo pessoal
Kátyna e Jeanne ficaram presas mais de um mês na Alemanha/Foto: Reprodução – arquivo pessoal

As goianas presas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, no dia 5 de março, foram soltas nesta terça-feira (11). A liberdade veio após uma autorização do Ministério Público alemão e foi confirmada pelo chefe do Gabinete de Relações Internacionais de Goiás, Giordano Souza.

Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, foram detidas sob a acusação de que estariam levando 40 kg de cocaína na bagagem despachada. Uma investigação de autoridades do Brasil, no entanto, apontou que as malas das mulheres tiveram as etiquetas trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

“Essa seria uma viagem para comemorar e descansar e acontece esse pesadelo”, conta a advogada Luna Provazio, responsável pela defesa das goianas. “Algemaram os braços e pernas das duas e elas não entenderam nada que estava acontecendo, porque os policiais estavam falando em alemão. Quando falaram que estavam sendo presas, elas disseram que tinha algum mal-entendido,” afirmou.

O caso disparou uma investigação que culminou, na última semana, na prisão de seis suspeitos na Operação Iraúna. A PF aponta que o método de ação dos narcotraficantes consiste em retirar aleatoriamente etiquetas de bagagens despachadas e colocá-las em malas contendo drogas.

A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, em entrevista coletiva concedida segunda-feira (10), afirmou que o caso das goianas aponta para uma “vulnerabilidade” nos aeroportos. “Existe uma atuação permanente da Polícia Federal dentro dos aeroportos, mas a divisão de trabalho é muito delineada. Com certeza, esse caso emblemático nos traz uma provocação necessária de revitalização desses sistemas de segurança”, declarou.

Marcela Rodrigues confirmou que a PF enviou na quinta-feira, 6, à Alemanha cópias das provas que integram o inquérito – vídeos, depoimento e confissões de alguns dos seis presos – para subsidiar as investigações em andamento pelas autoridades alemãs.

Prisão

“Elas foram detidas no aeroporto separadamente, algemadas pelos pés e mãos, escoltadas por vários policiais e a única palavra que entendiam era cocaína”, contou nesta segunda ao Estadão a irmã de Kátyna Baía. Segundo Lorena, elas tentaram argumentar que aquelas não eram suas malas, pois tinham cores e pesos diferentes, mas os policiais só repetiam a palavra “cocaína”.

As duas mulheres tiveram as mãos raspadas para coleta de DNA, sem que tivessem dado autorização para isso. A bagagem de mão foi retida e elas ficaram sem os medicamentos e agasalhos. Elas foram levadas para celas separadas. Nesse local, que era frio e tinha as paredes escritas com fezes, elas ficaram três dias, nos quais lhes foram oferecidos apenas pão e água.

Fonte: O Tempo

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