Articulando para se viabilizar candidata ao governo do Distrito
Federal, Celina Leão teve uma vitória importante nesta terça-
feira (11). A Justiça considerou não haver provas contra a vice-
governadora das acusações de corrupção passiva feitas pelo
Ministério Público no contexto da Operação Drácon. A decisão
tira um peso das costas de Celina, uma vez que sua candidatura e
apoios políticos dependiam do desfecho dessas investigações.
Na época da operação, Celina era deputada distrital e presidente
da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e foi acusada de
negociar propina para a indicação de emendas parlamentares
que beneficiariam empresas privadas, entre 2015 e 2016.
O MPDFT afirmou que Celina e outros três deputados teriam
negociado propina para direcionar recursos a empresas
responsáveis por obras de manutenção em escolas públicas e
prestadoras de serviços de UTI, com uma emenda no valor de R$
30 milhões.
A decisão também inocenta os outros acusados: Julio Cesar
Ribeiro, atualmente deputado federal; Cristiano Araújo que atua
como secretário de Turismo do DF; e Bispo Renato,
administrador regional de Taguatinga.
“No caso, após detida análise da prova judicializada, verifica-se
que não restou comprovado que os réus realizaram a
ação típica que lhes é atribuída, impondo-se, portanto, a
absolvição, em homenagem ao princípio ‘in dubio pro reo'”,
afirma o juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília Osvaldo Tovani.