O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), bem que tentou
ser alçado ao Palácio das Esmeraldas, mas não logrou o êxito de promover o rodízio de
poder no Estado de Goiás. No último domingo (2), o atual governador Ronaldo Caiado
(UB) foi reeleito no primeiro turno da eleição, somando 1.806.892 votos, 51,81% do
total. Mendanha ficou com 879.031 votos, 25,20%.
A falta de articulação com outros partidos e algumas trapalhadas marcaram a campanha
do candidato do Patriota. Como ele próprio admitiu, “faltou experiência política ao
buscar algumas lideranças”. Outro aspecto que prejudicou seu desempenho nas urnas foi
a ausência de um nome forte capaz de referendar sua candidatura.
Definindo-se como cristão e conservador, Mendanha fez diversos gestos de apoio ao
presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo sem ser correspondido, pois o PL apresentou
candidato próprio ao Governo, Major Vitor Hugo, terceiro lugar na corrida eleitoral,
com 516.579 votos, 14,81% do total.
Além disso, episódios da campanha revelaram um certo despreparo do postulante
patriota em relação aos assuntos macro do Estado. Ele chegou a propor investir R$ 2
bilhões na Enel Distribuição, com o objetivo de resolver problemas de energia elétrica
em Goiás, algo considerado totalmente absurdo. Isso porque a empresa privada, uma
das gigantes do setor elétrico brasileiro, não presta um serviço adequado à população,
sendo alvo de inúmeras reclamações. Caiado, por sua vez, sugeriu derrubar a concessão
da Enel por descumprimento de metas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com o saldo do pleito de 2022, Gustavo Mendanha, cairá num período de vácuo
político até 2024, quando poderá concorrer como candidato a vereador, visto que
ocupou o cargo de prefeito por dois mandatos e com isso está impedido de disputar a
próxima eleição majoritária em Aparecida de Goiânia e em outras cidades próximas,
conforme determina a legislação vigente.