Brasília ganha duas novas linhas de transporte interestadual de passageiros, mas perde a oportunidade em vários outros destinos. O final do mês de julho foi um período intenso na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que publicou o resultado de diversos pedidos de operação de linhas de transporte coletivo estadual. As duas novas conexões foram concedidas à Viação Catarina, que tem sede na Capital Federal. Ela poderá operar rumo a Santos, no litoral paulista, e a Belo Horizonte.
A autorização para Santos, foi forçada por uma decisão judicial. Esta linha também atenderá trechos intermediários, com paradas em Catalão e Cristalina, em Goiás, e diversas cidades mineiras e paulistas ao longo do percursos, dentre elas Araguari, Uberaba e Uberlândia, em Minas; e Campinas, Franca, Pirassununga, Ribeirão Preto/SP, e a capital paulista.
Em outra decisão da ANTT, a mesma empresa passa a ter o direito de ofertar passagens de ônibus para o trecho Brasília-Belo Horizonte. Esta linha inclui diversos subtrechos, com parada para deixar e pegar passageiros em Luziânia e Cristalina, em Goiás; e nos municípios mineiros de Paracatu, João Pinheiro, Três Marias, Felixlândia, Paraopeba, Sete Lagoas e Ribeirão das Neves. A Viação Catarina também requeria por via judicial a autorização para transportar passageiros nesse trecho e com essa decisão da ANTT terá que desistir do processo.
Rotas indeferidas
Para os brasilienses, contudo, as demais decisões não representarão mais oportunidades de empresas de ônibus. Pelo contrário, a agência, inclusive, indeferiu pedidos que pleiteavam trechos próximos à Capital, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal, o que poderia facilitar a vida daqueles que dependem chegar com frequência a Brasília.
Dentre esses destinos próximos, a Viação Colina teve seu pedido de operar a rota Brasília-Unaí, em Minas Gerais, indeferido e a Real Brasília também não conseguiu sinal verde para transportar passageiros entre Brasília e Formosa, em Goiás.
Viajar a destinos distantes fisicamente de Brasília pode ficar impeditivo por via aérea, devido a alto custo. A opção do transporte rodoviários transforma a experiência mais acessível. Isso, sem considerar, que algumas cidades não possuem conexão aérea com a Capital Federal. Por isso, ampliar a malha rodoviária se torna ainda mais importante.
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Por Chico Sant’Anna