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Perdido e impopular, Rogério Cruz mostra que não adianta ter a máquina

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O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), anunciou novas mudanças no seu primeiro escalão do seu governo. Tentando flertar com outros partidos e reduzir seu índice de rejeição, tenta abrir vaga para outras legendas como Patriota e PDT, ao mesmo tempo que desagrada até sua própria base.

As sete mudanças anunciadas se somam às mais de 70 que o prefeito já fez desde o início da sua gestão. Nada parece resultar na empatia da população por ele.

As mudanças e a forma como Cruz tem tentando- sem sucesso – montar equipes de apoio e estratégias demonstram que experiência política e capacidade de gestão independem do uso da máquina.

Ao mesmo tempo, um Grupo de Trabalho criado para orientá-lo também parece não saber o que fazer. Sugerem uma “agenda positiva” . A fórmula mais antiga e defasada de que se tem notícias nas gestões de crises políticas.

Nos bastidores, há ainda o entendimento de que o filho e a esposa do prefeito também atrapalham as articulações. O filho, sugerindo contratos mirabolantes que por algum motivo desconhecido da sociedade estão passando longe da fiscalização do Tribunal de Contas do Estado. Até quando, não se sabe.
Já a esposa, é retrato vivo da impopularidade do prefeito e das suas dificuldades políticas. Afinal, ao não eleger Telma Cruz, tornou-se o primeiro dentre os gestores de capitais a não eleger um parente para o Legislativo mesmo estando no exercício do cargo e utilizando a máquina sem pudores.

Enquanto isso, nas redes sociais, as dificuldades do prefeito ficam ainda mais expostas. Análise do Instituto Pares, especializado em pesquisa nas redes sociais e parceiro do DCO, mostrou que dentre 1.500 menções registradas no noticiário ao prefeito, 1.175 eram negativas. O levantamento considerou comentários de perfis reais em páginas oficiais de veículos de comunicação durante o mês de setembro.

Um cenário que dificilmente se reverterá em um ano, independente de quantas centenas de mudanças na estrutura da prefeitura ele tente fazer. Rogério Cruz, definitivamente, é como o rei do xadrez encurralado e sem muitos talentos para reagir.

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