Conforme novo contrato, Prefeitura pagará à Comurg R$ 138 milhões a mais, por ano
A Prefeitura de Goiânia vai pagar R$ 138 milhões a mais, por ano, à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) em novo contrato para os serviços de coleta de lixo, limpeza urbana e outras atividades. Se efetivado, o contrato será de R$ 696 milhões a cada 12 meses, o que representa um aumento de 44% em relação ao valor contratado em 2021, que foi de pouco mais de R$ 483 milhões.
Se por um lado há reforço no orçamento, por outro a companhia é alvo de reclamações da população, que denuncia a precariedade dos serviços. Algumas localidades ficam até 30 dias sem ter o lixo recolhido. O problema ocorre em vários bairros da capital, como por exemplo Setor Pedro Ludovico, Setor Coimbra, Madre Germana, Real Conquista, Esmeralda e Campos Dourados.
Em entrevista à CBN Goiânia, na última sexta-feira (2), o presidente da companhia, Alisson Borges, disse que havia a necessidade de ao menos R$ 58 milhões mensais para a continuidade dos serviços. “Hoje, pra você ter uma ideia, o contrato que a Comurg recebe da Prefeitura de Goiânia é de R$ 36 milhões porque tem os serviços das outras secretarias, esses R$ 36 milhões são só pra limpeza urbana. A gente deveria receber, no mínimo, R$ 58 milhões. Isso está sendo resolvido. Nas próximas semanas, a Prefeitura deve estar assinando esse contrato com a Comurg porque nós precisamos chegar até o final do ano pelo menos pagando nossos fornecedores sem quitar os déficits”, destacou.
Investigação
A Câmara Municipal de Goiânia recebeu diversas reclamações sobre supostas irregularidades na Comurg e também inúmeras queixas da população a respeito da falta de limpeza urbana na cidade. Há quase três meses, os parlamentares instalaram uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o caso.
A CEI analisa denúncias de superfaturamento e contratação irregular de funcionários da Comurg. O vereador Thialu Guiotti (Avante), relator da Comissão, vai apresentar seu parecer até o final deste mês. Segundo ele, o objetivo dos trabalhos do colegiado é produzir um documento completo, com base em investigações e depoimentos prestados na Câmara Municipal e, dessa forma, apontar saídas e punir os responsáveis pelas irregularidades.
Thialu Guiotti lembrou que durante gestões anteriores os diretores da Comurg saíram de lá presos e que o problema da má gestão não foi resolvido até agora na administração do atual prefeito, Rogério Cruz (Republicanos). “Quero punir quem errou, mas quero apontar solução”, conclui o parlamentar.
Com informações da CBN Goiânia
