No último sábado, 15, a jornalista Júlia Rodrigues de Barros junto com a jovem Gabriela Rodrigues de Oliveira e um grupo de amigos foram agredidos por dois eleitores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), em uma lanchonete localizada na Avenida T-10, no setor Bueno, em Goiânia. No vídeo gravado por pessoas que estavam no local é possível ouvir uma mulher falando a motivação do ataque “O bolsonarista ‘tá agredindo outro cara só porque ele é Lula”.
Júlia Rodrigues afirma que antes da agressão física os homens xingaram e chamaram o grupo de “pobres”. “Eu discuti, bati boca com eles. Um deles disse para minha amiga que se ela não calasse a boca, ela ‘ia ver’.” Neste momento, Júlia conta que eles foram para cima da amiga dela. Um outro amigo interveio e as agressões que foram gravadas começaram.
A Polícia Civil de Goiás abriu uma investigação para identificar os responsáveis. De acordo com a corporação, o caso foi registrado na Central de Flagrantes e será encaminhado à 4ª Delegacia de Polícia. A Polícia Civil informou, ao jornal O Globo, que os agressores foram embora da lanchonete sem serem identificados.
O Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás repudiou a ação e afirmou que tomará as devidas providências junto ao TSE, Ministério Público e OAB-GO, já que um dos agressores é advogado. “O Brasil é uma democracia com eleições livres, onde cada pessoa pode e deve se manifestar sem receio de sofrer agressões de qualquer natureza. Exigimos eleições livres, democráticas e sem violência. O debate político saudável, pautado nas ideias, deve ser o instrumento na disputa do voto”, concluiu em nota.
Um estudo realizado pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global, apontou que no período de 02 de setembro a 02 de outubro de 2022 foram mapeados cerca de 520 casos de violência política no Brasil. Após o primeiro turno, os números têm aumentado significativamente.
Com informações do Diário de Goiás
Confira na íntegra o vídeo gravado por uma das testemunhas:
