Com gasto de mais de R$ 12 bilhões, Saúde no DF deixa 3 crianças morrerem e secretária diz que governo não consegue atender Pediatria
Com gasto de mais de R$ 12 bilhões, Saúde no DF deixa 3 crianças morrerem e secretária diz que governo não consegue atender Pediatria

Em menos de um mês, o Distrito Federal registrou três mortes de crianças na rede pública. Em tosos os casos, há suspeitas de negligência e falta de estrutura para o atendimento. Os gastos com saúde no DF saltaram de R$ 7 para R$ 12 bilhões e a administração cabe ao instituto Iges.

Em coletiva para tentar justificar as tragédias, a secretária  Lucilene Florêncio reconheceu haver serviços “que não conseguem ser entregues pela rede de saúde do DF”, assim como em “nenhuma unidade da Federação”, a exemplo de pediatria, neurologia e anestesiologia. Já o  secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, responsável pelo contrato bilionário, lamentou “cada vida perdida”.

Luto e negligência

Em 14 de abril, Jasminy Cristina de Paula Santos, de um mês de vida, morreu na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Recanto das Emas. A bebê recebeu diagnóstico preliminar de bronquiolite, mas não houve solicitação de exames. A criança foi mantida no oxigênio, soro e salbutamol. A família perguntou se era necessário investigar mais o quadro de Jasminy, mas os profissionais da UPA, segundo a família, se limitaram a dizer que a menina seguiria em observação.

Em 15 de maio, o bebê Enzo Gabriel morreu na mesma UPA que Jasminy.

Ele tinha apenas 1 ano e morreu à espera de leito de unidade de terapia intensiva (UTI). Os familiares também alegam negligência. Esses dois casos são investigados pela 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).

 A terceira morte de criança registrada foi Anna Julia Galvão, que morreu aos 8 anos, em 17 de abril, no Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), após passar por outras unidades hospitalares da capital federal. O caso veio à tona agora, após a investigação da suspeita de negligência médica mudar para a 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), que investiga o caso.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) abriu três sindicâncias para analisar os casos.

O deputado distrital Gabriel Magno (PT) também trabalha em busca de respostas e apresentou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) uma notícia crime contra o Iges-DF, para que sejam apuradas falhas e suspeitas de irregularidades no contrato de ambulâncias que prestam serviços à rede pública de saúde. O parlamentar é presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF).

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