Após o MDB liberar seus filiados para se manifestar, a senadora selou aliança com o candidato em almoço em São Paulo
A senadora pelo Mato Grosso do Sul Simone Tebet (MDB) declarou na tarde desta quarta-feira (5) o seu apoio ao candidato Lula (PT) no segundo turno. Em pronunciamento realizado em um hotel em São Paulo, a candidata afirmou que decidiu não se omitir e que reconhece em Lula “seu compromisso com a democracia e com a constituição, o que desconheço no atual presidente.”
Tebet disse ainda, que espera ter ao menos 5 propostas da sua campanha incorporadas ao plano de governo do petista, planos esses que foram apresentados durante o almoço realizado para formalizar a aliança.
As propostas apresentadas foram: zerar a fila de vagas em creches e escolas, implementar o ensino médio técnico em tempo integral, zerar a fila de procedimentos na saúde e aumentar repasses ao SUS, igualdade salarial entre homens e mulheres, composição ministerial plural e sua proposta mais conhecida, o pagamento de R$ 5 mil para formandos do ensino médio. “Meu apoio é por projetos que defendo e ideias que espero ver acolhidas. Dentre tantas que julgo importante, destaco cinco tendo sempre a responsabilidade fiscal, uma âncora fiscal, como meio de se alcançar o social”, disse a candidata.
Simone afirmou que estará nas ruas até o segundo turno em defesa da democracia, justiça social e uma campanha de paz e se desculpou com amigos e apoiadores que pediram que ela mantivesse a neutralidade: “O que está em jogo é muito maior que cada um de nós. Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública.”
A candidata disse, por fim, que o apoio a Lula não é por adesão, mas sim “por um Brasil inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável. Um Brasil com reformas estruturantes, que respeite a livre iniciativa, o agronegócio e o meio ambiente, com comida mais barata, emprego e renda”. Em fevereiro, antes mesmo de ser oficializada candidata pelo MDB, a parlamentar do Mato Grosso do Sul já havia dito, em entrevista, que em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o candidato do PL não teria o seu voto.